Por Arielle Pedrosa Quando decidimos estabelecer uma família, entra em jogo a questão da autoridade.
Geralmente, reconhecemos o que é uma autoridade: alguém que lidera, que ordena, que conduz.
Tendemos a pensar no exercício da autoridade como um direito e pouco a consideramos um dever.
Mas o Senhor Jesus, ao longo de sua vida e também na sua morte nos deixa claro que o exercício da autoridade não consiste em termos direito de mandar e desmandar, mas sim no dever de servir, de conduzir na direção correta.
Esse entendimento muda tudo!
Quando nossos filhos nos desobedecem, por exemplo, tendemos a ficar irados com eles, porque dentro de nós, mesmo sem perceber, nutrimos essa ideia de que temos o direito de mandar e nossos filhos têm o dever de reconhecer isso e obedecer.
Quando vemos brinquedos espalhados pela casa, pensamos que podemos simplesmente mandar nossos filhos arrumarem e eles precisam obedecer, reconhecendo nossa autoridade.
Muitos outros exemplos poderiam ser citados. Todos eles partem de uma mesma ideia: “eu sou uma autoridade e por isso tenho certos direitos”.
Mas não é assim que o Senhor Jesus nos ensina. Ele mesmo falou e agiu (e ainda age) nos mostrando que muito mais do que “ter direitos”, ser uma autoridade é sobre ter deveres.
É sobre ser o que serve. É sobre ser o que não olha para si mesmo, mas para o outro e para o bem do outro à custa de seu próprio bem. É sobre gastar energia. É sobre sacrificar não somente algumas coisas, mas tudo o que for preciso, a fim de conduzir no caminho correto.
Não é sobre apontar o caminho e dizer “vá por ali”, é sobre apontar o caminho e dizer “vamos juntos, por aqui; eu vou com você, eu vou suportar suas fraquezas, eu vou te levantar quando cair, eu vou me ferir para te proteger dos perigos do caminho, eu vou arriscar minha vida, e até perdê-la se preciso for, para que você se mantenha no caminho”.
Quando olhamos para o dever do serviço, em todo tempo e todas as situações, então estamos prontos para gastar energia, muita energia, perseverando em em ensinar (e não simplesmente mandar) nossos filhos a guardarem os brinquedos, a agirem com respeito, a terem misericórdia e, igualmente, a servir o próximo negando a si mesmo.